Sobre o céu de nuvens mora João Arruda.
Ele voa alto e flutua como uma pluma.
Suas roupas e ossos a traça roeu,
Sua carcaça e dentes o rato comeu.
Em sua memória lembrou-se de um menino,
Que crescia em estatura e tornava-se destemido.
O cheiro de tinta infestou pela casa.
Tereza espirrava, a rinite atacava.
Um cão, várias cabras, um bode e muitas vacas.
Montanhas e campos, árvores e barrancos.
O cheiro do verde fazia bem.
Sua reza diária não acabava no amém.
No paiol do terreno a cortadeira gritava,
Faltava óleo e isso a todos incomodava.
Já era sexta e o ritual era sagrado,
Quatro doses de cachaça e insultos gratuitos ao velho cunhado.
João cambaleava bêbado enquanto caminhava.
Caiu sobre a máquina e o sangue jorrava.
Gritos e luto ao velho peão,
De alma penada sem o banjo na mão.
A canção sertaneja embala suas noites,
E a saudade aperta em eternos açoites.
Ele voa alto e flutua como uma pluma.
Suas roupas e ossos a traça roeu,
Sua carcaça e dentes o rato comeu.
Em sua memória lembrou-se de um menino,
Que crescia em estatura e tornava-se destemido.
O cheiro de tinta infestou pela casa.
Tereza espirrava, a rinite atacava.
Um cão, várias cabras, um bode e muitas vacas.
Montanhas e campos, árvores e barrancos.
O cheiro do verde fazia bem.
Sua reza diária não acabava no amém.
No paiol do terreno a cortadeira gritava,
Faltava óleo e isso a todos incomodava.
Já era sexta e o ritual era sagrado,
Quatro doses de cachaça e insultos gratuitos ao velho cunhado.
João cambaleava bêbado enquanto caminhava.
Caiu sobre a máquina e o sangue jorrava.
Gritos e luto ao velho peão,
De alma penada sem o banjo na mão.
A canção sertaneja embala suas noites,
E a saudade aperta em eternos açoites.
Bom, cara. Que Deus te abençoeee;
ResponderExcluirCaramba, André... Virou mesmo poeta, hein? Curti para Caramba as Memórias Póstumas de João Arruda. Ri de algumas partes e fiquei encantado com outras, mas ri no bom sentido, é claro. Está de parabéns continue sempre crescendo meu amigo, e que Deus te abençoe. De: Matheus.
ResponderExcluirUia!!
ResponderExcluirEscreve muito bem!!
HUheuehue
Bem legal o Senhor Arruda!!
Mas coitado, tinha que morrer??
É verdade, senão não seriam memórias póstumas...'-' [?]
=p
Gostei bastante do texto, engraçado e trágico! Acho que esses dois andam junto tal como amor e ódio!!
Gostei do jeito o qual você escreve.
ResponderExcluirConsegue ser objetivo sem deixar de ser singelo e criterioso.
Eu, particularmente, gosto de memórias póstumas..
Isso me lembra o velho Brás Cubas. rs
Acompanharei mais os teus escritos.
Beijos
Vanessa
Lindo André...maravilhoso,impressivo,suntuoso,perfeito...
ResponderExcluirGostei bastante,algo simples, de leitura fácil e que permete-se ler até o final mesmo para aqueles que não são chegados a coisas do tipo.Não sendo meu caso. o/
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