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domingo, 7 de novembro de 2010

E Se



E se meus braços estivessem abertos, meus olhos estivessem fechados e o vento me abraçasse, até aquecer todas as células do meu corpo?
E se minha pele se misturasse ao sal e as águas que permeiam o mar?
E se o fruto mais vistoso tocasse meu paladar ainda hoje?
E se todas as cores que existem no mundo estivessem nas nuvens, e uma chuva de verão cobrisse nossos rostos entristecidos?
Talvez eu pudesse erguer novamente meus braços e simplesmente aspirar o ar, ou sentir o vento soprando os fios do meu cabelo. Talvez pudesse sentir o Sol me aquecendo ou lembrar-me de uma música que me faz sentir liberdade.
É como se eu pudesse sair do chão e no Universo só existem Deus e eu. É como se a minha vida inteira fosse pintada na tela de Da Vinci e o mundo soubesse que as imperfeições fazem parte do que é perfeito.
Não preciso dizer mais nada. Tudo está em seu devido lugar, por mais que as circunstâncias digam “não!”. Talvez isto seja obra do destino, pois nada está sob meu controle absoluto, exceto a convicção de que hoje, eu sei que já é possível imaginar e atingir graus mais profundos de tatos e paladares. Basta querer.

Um comentário:

  1. Texto belíssimo, mais coerente do que o de cima! rsrsrs
    Só uma curiosidade, como vão os banhos com roupa?! oO heuheue

    |Enfim, "e se" foram belas palavras...traduzem as incertezas do caminho em que estamos....ele é sem volta e não temo ideia do que esta logo em frente....isso não é incrível?!

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